A verdade sobre a mentira que todos acreditam
Hoje refletiremos sobre nossas convicções e para tanto, vamos relembrar alguns conceitos, exemplos destas peças que formam a ideologia de cada ser humano enquanto unidade e, sociedade, transformando-se por fim, em conceito geral social que margeia o meio e a classe social na qual cada um se identifica.
Vejo a convicção como um conceito tão pessoal que me considero quase que a invadir a mente alheia ao tentar entendê-la, porém, com o acesso à mídia, a facilidade de expô-la para uma comunidade desconhecida em questão de segundos, sinto-me à vontade em analisar o que foi, gratuitamente exposto para esta multidão de desconhecidos a qual me enquadro.
A convicção é, senão apenas, uma crença, fé, opinião e posicionamento analítico ou mesmo que, tendencioso a respeito de algo que se coloque em discussão. Ao passo que tratamos do delicado termo - fé - já entramos pela porta de um tempo sagrado de onde jamais tiraremos razão, converteremos pensamento ou ideologia, apenas, visitaremos, fotografaremos, ficaremos boquiabertos com a beleza da sala de estar e a tétrica masmorra onde o sofrimento, a dor e o desprezo proliferam partículas de ignorância no ar.
Toda convicção, quando desmedida, é sim interpretada por um agnóstico (ateu) como sendo uma hipocrisia, ignorância ou simplesmente unilateralidade que impede a concepção de uma análise que não traga no seu conteúdo pré-concebido, alguns graus de tendência em razão de suas próprias conjunturas sobre o o que analisa e se assim, somos todos vítimas do pré conceito daquele que julga, baseado na sua ideologia, não apenas, a partir de um fiel da balança chamado razão.
Pois bem, se temos, por natureza e culturalmente inserido em nosso meio uma concepção falida pelo pecado, temos um vouncher para sermos também impuros, errarmos para sermos então perdoados e, temos o fato de nascer, culpa por sermos frutos da impureza e do pecado... nossa... chega a desanimar, mas continuemos, deixando esta introdução para um novo capítulo de outra história que divaga sobre o eu interior.
Enquanto isso, a sua convicção já houvera julgado-me culpado ou inocente, correto ou louco em relação aos parágrafos acima e, se aqui chegamos, estamos indo bem, na sintonia do pensamento.
Agora vamos deixar de olhar em volta de nós mesmos e voltar a íris para si mesmo, buscar entender porque somos assim, movidos pela moda, pelos movimentos culturais, sociais e regionais que nos tomam o tempo e a alma em razão de um fim que por vezes, nem mesmo conhecemos, mas se há uma passeata ou uma fila, é porque muita gente quer a mesma coisa então embarcamos.
O que eu disse? Sim, somos "Maria-vai-com-as-outras" por diversas circunstâncias em nossas vidas e por vezes, não pelo desconhecimento de causa e efeito, mas pela preguiça de entender do que se trata o levante. Como é triste... ver roqueiros no dia do rock, proliferando exaltações a uma cultura vertical que criou todo o estilo que se seguiu, quando ao mesmo tempo, reserva a mesa em uma outra concentração para algo que difere diretamente contrária ao pleito que defendeu. Como dói ver as almas deixando-se levar pela necessidade de visualização publica, pelo status, deixando de lado o que realmente acredita.
O que na convicção mais dói é ter que admitir que, vive em paz aquele que tem a elasticidade e a graça da mutação para adaptar-se numa sociedade camaleoa, onde o que sim importa é estar dentro do barril e não fazendo parte dele, é estar dançando e não compondo a canção. Me cansa o fato de que não há mais ideologia e sim, a tendência ideológica, já que, nem mesmo os partidos políticos seguem as suas e sim, agregam nomes fortes na mídia para ocupar cadeiras e colocar mais imprestáveis na cúpula que deveria decidir os caminhos da sociedade e do futuro de uma nação. E assim vamos dançando a ciranda da moda, sendo sempre o mais legal e descolado.
Eu quero ser preto e branco, quero passar confiança no que digo e faço, ter a confiabilidade dos amigos, conceber esperança para aqueles que hoje veem a vida como não tendo uma solução ou um destino e acabam por sucumbir na própria decepção social... mas é difícil... é difícil perceber que o esforço para auxílio social é usado como forma de estar na mídia, é usado como catapulta para seus propósitos pessoais, usando de qualquer artifício para conquistar e pintar um personagem que jamais existiu, ou pode existir.
E aqui, decepcionado, deixo o texto incompleto, já que, não seria possível, apenas a partir da minha convicção, encontrar solução ou verdade indiferente para que hoje vemos no compartilhamento do mundo pessoal de cada indivíduo.
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