Não voo
entre nuvens;
espero a chuva,
ciscando a relva...
Não sou
entre trovões;
espero o silêncio,
versando meu medo
na poesia muda do meu corpo trêmulo,
como bailam as folhas eivadas de vento...
Nada sei
entre livros;
respiro o azul,
aspirando o infinito
onde os deuses cantam
os epigramas do tempo...
Assim, vou
entre flores,
entre sonhos...
Minha pele sente
o torpor & o êxtase,
o espanto e o canto.
E eu, menino de cera,
bailo no fio:
ora, me faço mel entre abelhas;
ora, me vejo longe,
entre o instante e a eternidade,
ajoelhado nas asas de uma borboleta...
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